quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Anônima célebre

Ontem eu estava assistindo ao Big Brother e um dos candidatos perguntou: “E quem não quer ser famoso?”. Achei a pergunta tão insana e ao mesmo tempo desafiadora. Eu? Será que quero ser famosa? Qual o sentido da minha vida? Porque tanto trabalho, tanta busca por mais trabalho? O que eu realmente quero?

Gostaria de passear pelas ruas e conhecer todas as pessoas, dar bom dia, boa tarde, ouvir as histórias dos mais velhos, contar histórias para as crianças. Queria andar de bicicleta sem ter medo de ser roubada, andar sozinha numa rua deserta, tomar banho de chuva no meio da rua, plantar temperos e legumes, cozinhar para quem amo, cochilar na praia, ver um céu de estrelas.

Num mundo onde se perguntam: “quem não quer ser famoso?”, prefiro andar na contra-mão. Não, definitivamente não quero ser famosa! Não preciso que todos me digam que sou única para acreditar nisso. Prefiro uma vida simples, sem excessos. Acredito que só assim é possível enxergar a grandiosidade das coisas. Viver já é um exagero!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Quando nada é tudo

Os sonhos revelam nossos medos, nossos desejos, o nosso futuro ou não revelam nada? Uma coisa é certa: mesmo que acorde de um sonho que não lembro, um sentimento fica no ar, seja de angústia, de medo, de felicidade, de acolhimento...

Esta manhã, acordei com uma sensação gostosa, podia sentir o cheiro de maresia, a areia mole carinhar meus pés, a briga do sol e do vento que esquenta e esfria o corpo da gente.

Fica mais difícil entender a confusão da cidade depois de oito dias em Jeri. Nada faz sentido: o trânsito, a pressa, as distâncias, a semana cheia de trabalho e só um final de semana para todo o resto. Quanto mais coisas faço num dia mais parece perda de tempo continuar fazendo, principalmente depois de descobrir que fazer nada é exatamente tudo.