Por Fátima Oliveira
Os anos 70 foram o inicio das minhas descobertas, dos amores platônicos pelos meus artistas preferidos e amores nem tão impossíveis por alguns dos meus professores. Ouvir o som a todo o volume era como se quisesse assim gritar aos meus pais que eu queria ser ouvida e uma maneira também de afrontar-los, descobri o quanto isso os incomodava e gostava disso.
Depois fui amadurecendo, conheci o grande amor e também, a desilusão de um final nada feliz, mas as coisas para mim, eram encaradas como algo normal, não deu, não deu e a fila já andava, e como! Gostava de passar essa imagem de alto suficiente e minhas amigas me achavam diferente, forte e queriam saber como eu fazia para logo já estar vivendo outro lindo e grande amor, porque eu nunca ficava sozinha, o certo era que eu gostava de despertar e sentir paixão e as coisas aconteciam.
Acho que poderia ter aproveitado mais os estudos, mas era tanta coisa pra viver e a minha escolha principal era viver mais essa fase da maneira mais intensa possível, mas os livros, os romances esses sim eu os consumia e me embalava, ao ponto de as vezes me colocar dento deles.
Quando percebi, já estava casada, e me achando muito realizada, eu queria muito casar e ser mais livre, fazer o que bem entendesse, foi então que fiz uma grande descoberta: Eu não era essa pessoa livre que imaginava, mas em seguida, descobri a maternidade e fiquei encantada... deslumbrada...anos e anos vendo-os crescendo e acompanhando tudo intensamente.
Só depois, bem depois, vi que eu não tinha profissão, pouca liberdade e uma certa frustração, mas resolvi correr atrás, motivada por querer sempre estar vivendo feliz cada fase, conquistei meu trabalho e com ele a satisfação, o reconhecimento, também as dificuldades que o mercado impõe, os recuos que tive que fazer, mas o que mais me marcou nessa minha trajetória simples de vida foi o fato de depois de tantos anos, com filhos já adolescentes, que enfim pude descobrir e me sentir de verdade livre, livre para dizer sim ou não, para ser eu mesma e me sinto muito a vontade para ser essa mulher.
Os anos 70 foram o inicio das minhas descobertas, dos amores platônicos pelos meus artistas preferidos e amores nem tão impossíveis por alguns dos meus professores. Ouvir o som a todo o volume era como se quisesse assim gritar aos meus pais que eu queria ser ouvida e uma maneira também de afrontar-los, descobri o quanto isso os incomodava e gostava disso.
Depois fui amadurecendo, conheci o grande amor e também, a desilusão de um final nada feliz, mas as coisas para mim, eram encaradas como algo normal, não deu, não deu e a fila já andava, e como! Gostava de passar essa imagem de alto suficiente e minhas amigas me achavam diferente, forte e queriam saber como eu fazia para logo já estar vivendo outro lindo e grande amor, porque eu nunca ficava sozinha, o certo era que eu gostava de despertar e sentir paixão e as coisas aconteciam.
Acho que poderia ter aproveitado mais os estudos, mas era tanta coisa pra viver e a minha escolha principal era viver mais essa fase da maneira mais intensa possível, mas os livros, os romances esses sim eu os consumia e me embalava, ao ponto de as vezes me colocar dento deles.
Quando percebi, já estava casada, e me achando muito realizada, eu queria muito casar e ser mais livre, fazer o que bem entendesse, foi então que fiz uma grande descoberta: Eu não era essa pessoa livre que imaginava, mas em seguida, descobri a maternidade e fiquei encantada... deslumbrada...anos e anos vendo-os crescendo e acompanhando tudo intensamente.
Só depois, bem depois, vi que eu não tinha profissão, pouca liberdade e uma certa frustração, mas resolvi correr atrás, motivada por querer sempre estar vivendo feliz cada fase, conquistei meu trabalho e com ele a satisfação, o reconhecimento, também as dificuldades que o mercado impõe, os recuos que tive que fazer, mas o que mais me marcou nessa minha trajetória simples de vida foi o fato de depois de tantos anos, com filhos já adolescentes, que enfim pude descobrir e me sentir de verdade livre, livre para dizer sim ou não, para ser eu mesma e me sinto muito a vontade para ser essa mulher.