segunda-feira, 25 de maio de 2009

Tempo de partida


Não vou pegar aquela avenida movimentada, não vou dizer “não, obrigada” para o ambulante que vem me vender ata, castanha ou flanela no sinal, nem vou olhar as vitrines da loja Melindre e Bossa Story. Àquela vaga no estacionamento da Vila será ocupada por outro carro, um computador a mais estará disponível... Será que alguém vai notar, além de mim.

Quando meu primeiro namoro com o Alcides acabou o maior estranhamento que senti foi andar sem segurar a mão de ninguém. Era como se estivesse exposta, sozinha, livre demais.

Depois de seis anos, me sinto como se estivesse prestes a deixar um casamento com um marido que sabe se virar sem mim, é verdade, mas ainda não sei como vou me sair sem ele. Contudo, foi o próprio Catavento, que, de tanto fazer minha vida girar, me fez voar para longe.

4 comentários:

Projeto Rádio-escola disse...

Oi Alê! Que lindo texto! Você vai fazer muita falta! Beijão Clarissa

Rones Maciel disse...

As boas folhas são capazes de ir o mais longe que os bons ventos podem lhes levar. Vê se aparece. bjos

Rones Maciel disse...

Fiz um textinho de homenagem a vc e Laecia, no meu blog. Olha lá!
bjos

Tarciana disse...

Alê, no meio da correria, hoje resolvi parar e me lembrei de uma sugestão da Clarissa: olha o blog da Alê, Tarci. Estou aqui agora à noite, lendo o que vc escreveu... Importante demais é o mínimo que posso dizer de sua passagem por lá e da sua amizade! Muitos beijos!! Tarci.