
Ontem, eu estava me preparando para fazer o jantar que o namorado reivindicou para o domingo quando recebi sua ligação me convidando para “dar uma volta”. “Para onde?”, eu perguntei. “Só uma volta”, foi sua resposta. Como nunca digo não para ele, peguei meu vestido “serve pra qualquer lugar” e, antes que tivesse pronta, ouvi a buzina apressada do seu carro.
Eu não sabia, mas a pressa era porque o pôr do sol se aproximava e o nosso passeio foi para ver o fim do dia, ou o começo da noite, na Praia de Iracema. “Que maravilha”, pensei com um sorriso para ele.
O céu estava nublado, mas um raio encontrou uma brecha para nos dar boas vindas e, logo depois se despedi. Na ponte metálica, um grupo de capoeira chama pessoas para uma roda, enquanto quatro casais, em pontos diferentes da ponte, nem percebiam o que acontecia ao seu redor.
Eu e Alcides caminhamos e lembramos de como aquele lugar guarda a nossa adolescência, os encontros que tivemos, os amigos, as inconseqüências, as descobertas. Caminhar por entre as pedras bebendo vinho ou ver o sol nascer conversando com amigos enquanto esperava o meu ou o pai dele, que sempre ia nos pegar.
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