
Não vou pegar aquela avenida movimentada, não vou dizer “não, obrigada” para o ambulante que vem me vender ata, castanha ou flanela no sinal, nem vou olhar as vitrines da loja Melindre e Bossa Story. Àquela vaga no estacionamento da Vila será ocupada por outro carro, um computador a mais estará disponível... Será que alguém vai notar, além de mim.
Quando meu primeiro namoro com o Alcides acabou o maior estranhamento que senti foi andar sem segurar a mão de ninguém. Era como se estivesse exposta, sozinha, livre demais.
Depois de seis anos, me sinto como se estivesse prestes a deixar um casamento com um marido que sabe se virar sem mim, é verdade, mas ainda não sei como vou me sair sem ele. Contudo, foi o próprio Catavento, que, de tanto fazer minha vida girar, me fez voar para longe.